Conheça a história por trás de 'Batalhão 6888' da Netflix
- Jéssica Esteves
- 23 de dez. de 2024
- 2 min de leitura

O longa 'Batalhão 6888' conta a história real de um grupo de mulheres negras que foram peça fundamental durante a Segunda Guerra Mundial.
Imagine um mundo em guerra, onde cartas e pacotes eram a única ponte entre soldados e suas famílias. Milhões de mensagens se amontoavam, perdidas no caos, enquanto a esperança de muitos se esvanecia. É nesse cenário caótico que surge a história do Batalhão 6888.
Estima-se que mais de 6 milhões de mulheres se alistaram ao exército americano nos anos 40. Porém muitas delas sofriam por conta de misoginia e, principalmente racismo. Apesar disso, a ativista Mary McLeod Bethune lutou junto com a primeira dama Eleanor Roosevelt para que as mulheres negras pudessem ter um papel mais relevante na guerra do exterior.
O 6888º batalhão foi formado por 855 mulheres, sob a liderança da major Charity Adams. Elas foram transportadas para Birmingham, na Inglaterra onde ficaram responsáveis pela comunicação entre os militares e entes queridos.

Quando chegaram ao seu local de trabalho, acharam um grande desafio: O armazém estava lotado de cartas até o teto. Alguns daqueles manuscritos estavam guardados por dois anos naquele local. Além das toneladas de papéis encontradas, o depósito era precário: não tinha aquecimento durante o inverno e nem luzes o suficiente para enxergar bem.
A unidade 'seis triplo oito', como eram chamadas, não tinham acordo com as unidades de homens e de mulheres brancas. Por conta do racismo do resto da equipe, o esquadrão teve que estruturar sua própria equipe médica, refeitório e até a própria polícia militar.
Apesar de todos os desafios enfrentados por elas, o batalhão conseguiu entregar todas as correspondências em um tempo recorde. Era esperado que entregassem todas as cartas e pacotes estocados de seis meses a um ano, mas trabalhando por três turnos ao dia e sete dias na semana, essas mulheres fizeram todo trabalho em 3 meses. Ao total, o batalhão 6888 entregou 17 milhões de cartas e pacotes.
Em fevereiro de 1946, as heroínas foram enviadas para casa com a sensação de dever cumprido. A unidade foi dissolvida no mesmo ano. Para saber ainda mais sobre a história dessas incríveis mulheres, leia One Woman's Army: A Black Officer Remembers the WAC de Charity Adams.